A cannabis esteve presente na história do Japão por séculos, sendo usada até mesmo pelos tradicionais lutadores de sumô, como um tributo a deuses xintoístas. Entretanto, desde a Segunda Guerra Mundial, seu cultivo e uso foram amplamente estigmatizados.
Felizmente, uma nova onda está transformando essa realidade e essa história caminha para um novo desfecho, principalmente, para as populações mais velhas, que são as que mais poderão se beneficiar.
Alternativa natural e resultados muito mais significativos
Yoshimura Hiroko, de 81 anos, nunca tinha pensado em cannabis. No entanto, três anos após o início das dores e dos primeiros sintomas de paralisia, causados pela esclerose, atendeu à sugestão do filho Kazuyoshi, de 51 anos, que havia acabado de ouvir falar sobre o CBD, um composto de cannabis sem propriedades psicoativas.
Um mês depois, usando uma dose diária do óleo de canabidiol sob sua língua, a dor tinha desaparecido.
O governo continua hesitante
Os tratamentos à base de cannabis tornaram-se esperança contra dores crônicas, inflamações e rigidez muscular. A indústria japonesa, que já investe no setor, desafia os mais conservadores, inclusive, veiculando publicidade em um feriado tradicional do país, criado em homenagem aos idosos.
Mesmo assim, o governo segue hesitante e a maconha continua ilegal no Japão até para uso médico.
Felizmente, a tendência global para sua liberalização conseguiu reduzir ao menos o estigma associado aos produtos à base de CBD, que foram legalizados. A esperança é a de que a postura mais liberal de vizinhos como Coreia do Sul continue ajudando a quebrar essas barreiras.
A situação da cannabis no Brasil
Os tratamentos à base de cannabis são permitidos no Brasil desde 2015, quando foi aprovada a Lei nº 13.269/2016. Desde então, o uso da medicação tem sido cada vez mais difundido e aceito pelos brasileiros para tratamentos de condições das mais diversas.
Com uma população idosa em crescimento (brasileiros com 60+ passaram de 11,3% para 14,7% da população nos últimos 10 anos), seria muito importante que o assunto deixasse de ser tabu por aqui.
Só assim teremos a oportunidade de beneficiar os nossos idosos, mitigando tantos sintomas e condições clínicas de forma natural, podendo lhes proporcionar a qualidade de vida e o bem estar que eles tanto merecem.
Fontes: