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Desvendando o mito: a cannabis realmente causa ansiedade?

Sumário

Acreditamos que o bem-estar mental é tão importante quanto o físico, e sabemos que a ansiedade pode ser um problema debilitante que ultimamente vem afetando muitas pessoas em todo o mundo. Por isso, queremos ajudar nossos leitores e pacientes a entender como a cannabis pode ser uma ferramenta valiosa no tratamento da ansiedade.

Mas antes vamos falar um pouquinho sobre o mal do século e porque as novas gerações vem sofrendo cada dia mais por transtornos de ansiedade e pelas consequências e sintomas que essa condição pode causar.

O que é ansiedade e porque ela está cada vez mais presente na vida das pessoas?

Você já sentiu aquela sensação de aperto no peito, medo e preocupação excessiva sem um motivo aparente? Se sim, saiba que não está sozinho! A ansiedade é um problema cada vez mais comum nos dias de hoje, afetando pessoas de todas as idades e classes sociais.

A ansiedade é uma resposta natural do organismo a situações de estresse ou perigo. Ela é uma reação adaptativa que prepara o corpo para lidar com “ameaças” iminentes, aumentando os níveis de adrenalina e cortisol e aumentando também o ritmo cardíaco e a respiração. Essa resposta é conhecida como um componente importante do nosso sistema de sobrevivência.

Quando é excessiva ou irracional, a ansiedade pode se tornar bastante problemática, interferindo na vida cotidiana da pessoa. Ela pode ser causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos, incluindo experiências traumáticas, desequilíbrios químicos no cérebro, estresse crônico, estilo de vida e fatores sociais e culturais.

Alguns transtornos de ansiedade, como tr anstorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e fobia social, podem ter causas específicas. Por exemplo, o transtorno de ansiedade social pode ser causado por fatores genéticos e ambientais, como traumas na infância, bem como por fatores sociais, como a pressão para se encaixar ou o medo do julgamento dos outros.

No Brasil,  a ansiedade é um transtorno de saúde mental que vem afetando uma grande parcela da população. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, cerca de 18,1 milhões de brasileiros (ou 9,3% da população) relataram ter algum tipo de transtorno de ansiedade nos últimos 12 meses. Essa taxa é ainda maior entre as mulheres, com uma prevalência de 12,5%, em comparação com os homens, que apresentam uma taxa de 6%.

Além disso, a pandemia de COVID-19 se tornou um fator significativo no aumento da ansiedade no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) em 2020 revelou que 80% dos entrevistados relataram sentir níveis elevados de ansiedade desde o início da pandemia.

Outro estudo publicado em 2021 no periódico científico Psychiatry Research, mostrou que o número de pessoas que relataram níveis moderados a graves de ansiedade aumentou em 29% durante a pandemia. Isso se deve em parte às preocupações com a saúde, bem como às mudanças no estilo de vida e à incerteza em relação ao futuro.

Mas o que causa a ansiedade?

Muitos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da ansiedade, desde o estresse do trabalho até os desafios diários que enfrentamos em nossas relações pessoais. O que muitas vezes esquecemos é que nosso estilo de vida pode ser um grande influenciador nesse processo. De maneira geral, existem vários fatores da vida contemporânea que podem contribuir para o aumento da ansiedade, e eles estão mais presentes na nossa vida do que gostaríamos:

1. Estilo de vida frenético: Muitas pessoas hoje têm uma rotina de trabalho e vida social bastante agitada, com pouco tempo para descanso e relaxamento. Isso pode levar a um estado de estresse crônico, o que pode aumentar os níveis de ansiedade.

2. Excesso de informações: Estamos expostos a uma quantidade enorme de informações diariamente, graças à internet e às redes sociais. Isso pode ser esmagador e levar à sensação de sobrecarga mental. O uso excessivo de telas pode afetar negativamente a saúde mental devido a vários fatores, como a exposição constante a notícias negativas, comparações com outras pessoas nas redes sociais, e a perda de sono devido à exposição à luz azul das telas antes de dormir.

3. Pressão social: As expectativas sociais e culturais também podem contribuir para o aumento da ansiedade. Muitas pessoas sentem pressão para ter sucesso em suas carreiras, relacionamentos e outras áreas da vida.

4. Insegurança financeira: Problemas financeiros, como dívidas e dificuldades para pagar contas, podem levar à ansiedade e ao estresse.

5. Isolamento social: A pandemia de COVID-19 e as medidas de distanciamento social que foram implementadas para controlar a propagação do vírus têm levado muitas pessoas a experimentar a solidão e o isolamento social. Isso pode contribuir para o aumento da ansiedade e da depressão.

6. A falta de exercícios físicos: também pode contribuir muito para o aumento da ansiedade. O exercício físico é conhecido por liberar endorfina, que pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar o humor. Além disso, a atividade física pode ajudar a aliviar a tensão muscular, que muitas vezes está diretamente associada à ansiedade.

O que podemos fazer para sofrer menos de ansiedade?

Mesmo diante de tantos desafios, é possível criar alternativas para contornar esses aspectos e ter uma vida mais equilibrada e saudável. Mudanças simples no estilo de vida, como praticar atividades físicas regularmente, aprender técnicas de relaxamento, estabelecer uma rotina de sono adequada e limitar o tempo gasto nas telas e redes sociais, são alternativas que podem ajudar a reduzir a ansiedade.

Além disso, buscar apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde também é importante. Há diversas terapias e tratamentos naturais que podem ajudar a aliviar os sintomas da ansiedade, como a meditação, a acupuntura e o uso de plantas medicinais, como a cannabis. Portanto, é fundamental cuidar da saúde mental e buscar ajuda sempre que necessário, para que possamos viver com mais qualidade de vida e bem-estar. Seguem algumas dicas que, quando incorporadas na nossa rotina, podem ajudar muito e até controlar a ansiedade crônica:

1. Prática de meditação e mindfulness: A meditação e o mindfulness são técnicas que podem ajudar a acalmar a mente e reduzir os níveis de ansiedade. Existem muitos aplicativos e vídeos online que oferecem orientações para iniciantes, com propostas que podem facilmente se adequar à sua rotina!

2. Exercícios físicos regulares: A atividade física pode ajudar a reduzir a ansiedade e o estresse, além de melhorar a saúde em geral. Se você não tem um esporte predileto, uma simples caminhada, uma sessão de ioga ou um treino de alta intensidade podem ser ótimas opções.

3. Alimentação saudável: Uma alimentação equilibrada e nutritiva pode ajudar a melhorar a saúde mental e física. Evite alimentos processados, ricos em açúcar e gordura, e inclua em sua dieta frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras. O organismo (e a mente) agradecem!

4. Terapia: A terapia em dia pode ser uma ótima opção para quem sofre de ansiedade. Um profissional pode ajudar a identificar gatilhos, ensinar técnicas de relaxamento e proporcionar um ambiente seguro para a expressão de sentimentos e emoções. Nada melhor do que se conhecer, entender suas inseguranças para melhor saná-las.

5. Redução do uso de telas: O uso excessivo de telas pode contribuir para o aumento da ansiedade. Tente reduzir o tempo de exposição a dispositivos eletrônicos, estabeleça limites diários e desligue-os pelo menos uma hora antes de dormir. 

6. Atividades criativas: A criatividade pode ser uma ótima maneira de reduzir a ansiedade e o estresse. Experimente pintar, escrever, cozinhar ou qualquer outra atividade que lhe interesse e que possa lhe dar prazer.

7. Estabelecimento de rotinas saudáveis: Criar rotinas saudáveis pode ajudar a reduzir a ansiedade. Tente estabelecer horários regulares para acordar, comer e dormir, e reserve tempo para atividades relaxantes e prazerosas.

A cannabis pode ajudar na ansiedade?

Sabemos que a cannabis tem sido usada como remédio natural por milhares de anos. Agora, com as recentes descobertas científicas e médicas, sabemos que ela tem propriedades que podem ser eficazes no tratamento de muitos problemas de saúde, incluindo problemas de saúde mental, como a ansiedade. Nós acreditamos que a cannabis pode ser um complemento importante para o tratamento da ansiedade, mas defendemos a importância de ter aconselhamento médico antes e durante o tratamento com produtos à base de cannabis.

É por isso que nossa plataforma é integrada com uma equipe médica de diferentes especialidades, expert em cannabis medicinal. Nossos profissionais de saúde estão prontos para ajudá-lo a entender melhor como a cannabis pode ser usada para tratar a ansiedade e quais produtos de cannabis são mais adequados para suas necessidades específicas. Estamos aqui para apoiar sua  jornada de bem-estar mental e para fornecer informações úteis sobre as terapias com a cannabis medicinal.

Como eu sei se a cannabis pode funcionar no meu caso?

É importante notar que a resposta à cannabis pode variar de pessoa para pessoa. Alguns organismos podem ser mais suscetíveis aos efeitos da cannabis do que outros. Dois dos fatores decisivos de como cada organismo reagirá aos medicamentos a base da planta são a dosagem e a composição do produto.
Por isso se faz essencial a supervisão de um médico com experiência no assunto, para avaliar sua condição, escolher o melhor produto e acompanhar seu tratamento.

Muitos pacientes relatam melhora na ansiedade com o uso de produtos de cannabis quando aliados a um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, uma boa higiene do sono e prática de exercícios físicos. A planta pode trazer melhoras significativas na qualidade de vida, mas o paciente precisa se conscientizar de que ela não agirá sozinha!

Além disso, a dose, a genética da planta e o método de consumo podem influenciar a forma como a cannabis afeta uma pessoa. Por exemplo, o uso de produtos com altos níveis de THC (tetrahidrocanabinol) podem aumentar a ansiedade, produtos com altos níveis de CBD (canabidiol) podem ter efeitos calmantes e relaxantes. Produtos com estes dois fitocanabinóides são muito recomendados e costumam ter resposta positiva, muitas vezes acalmando as mentes mais ansiosas.

A cannabis pode ser usada como uma alternativa natural aos medicamentos para ansiedade?

Existem diversas evidências científicas que sugerem que a cannabis pode ser uma alternativa natural aos medicamentos tradicionais para ansiedade. A cannabis contém compostos químicos chamados canabinoides, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol), que, aliados aos terpenos da planta, têm propriedades terapêuticas potenciais.

O CBD, em particular, tem sido estudado por suas propriedades ansiolíticas e pode ajudar a reduzir a ansiedade em pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade. Algumas pesquisas também sugerem que o CBD pode ajudar a regular o humor e melhorar a qualidade do sono, o que pode ser benéfico para pessoas que lutam contra a ansiedade.

Recomenda-se começar com doses baixas de THC e aumentar gradualmente a dosagem até encontrar a quantidade certa para você. Algumas pesquisas sugerem que doses baixas de THC em associação com o CBD podem ser úteis para aliviar a ansiedade, enquanto doses mais altas do THC podem piorar a ansiedade em algumas pessoas, por isso é necessário acompanhamento de um médico, para, além de escolher o medicamento mais indicado para seu caso, acompanhar seu tratamento e ajustar as doses conforme necessário.

Estamos à disposição para acolhê- lo e ajudá-lo a encontrar o produto ideal para suas necessidades, e nossa equipe médica pode orientá-lo em todas as etapas do tratamento. Conte conosco para oferecer o melhor em termos de qualidade, segurança e eficácia. Juntos, podemos encontrar novas soluções para melhorar a saúde e o bem-estar.  O seu bem estar é a nossa prioridade.

Texto escrito por Mariana Ferreira

Revisão médica:

Dr. Sérgio Rayol – CRM SP 165458

Diretor médico na CannaCare.

Médico pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital Santa Marcelina e em Hematologia e Hemoterapia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Curso de Medicina Paliativa no Instituto Pallium (Buenos Aires). Curso de Medicina Cannabinoide pela WeCann Academy

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