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Cannabis medicinal para epilepsia: Saiba tudo aqui!

Sumário

Entendemos que a epilepsia é uma condição médica que pode afetar não apenas quem a vivencia diretamente, mas também amigos, familiares e cuidadores. O desafio de entender essa condição e encontrar abordagens terapêuticas eficazes é algo que muitas pessoas enfrentam, e você pode estar entre elas, buscando informações confiáveis. Vem com a gente entender melhor como a cannabis tem se tornado uma alternativa no tratamento da epilepsia.

Nosso objetivo aqui é fornecer uma visão completa, embasada em ciência e evidências, que possa servir como um guia informativo e até mesmo inspirador. Criamos este artigo para que ele seja um recurso valioso em sua jornada, seja ela pessoal ou em apoio a alguém que você se importa. O mundo da medicina está em constante evolução, e com ele, novas esperanças surgem no horizonte. Vamos explorá-las juntos?

O que é Epilepsia?

Epilepsia é uma condição neurológica crônica que afeta pessoas de todas as idades, caracterizada por uma predisposição a ter convulsões recorrentes. Essas convulsões são eventos súbitos de perturbação elétrica no cérebro que podem manifestar-se de várias formas, desde episódios breves e quase indetectáveis até longos períodos de tremores e perda de consciência.
O diagnóstico de epilepsia geralmente é feito com base no histórico médico do paciente, sintomas relatados e testes neurológicos como o EEG (Eletroencefalograma).

O tratamento convencional inclui medicamentos antiepilépticos, mas também pode envolver outras abordagens como dieta cetogênica, cirurgia cerebral e dispositivos de estimulação neural.

É possível levar uma vida plena e ativa com epilepsia, mas isso frequentemente requer um plano de tratamento bem gerenciado e modificações no estilo de vida para minimizar os gatilhos das convulsões.

Muitas pessoas ainda carregam estigmas e mal-entendidos sobre a epilepsia. A educação e a sensibilização são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes de seus familiares.

Ao compreender melhor o que é a epilepsia, seus sintomas e possíveis sequelas, você pode tornar-se um participante mais ativo no seu tratamento ou no apoio a alguém com esta condição. Estar bem informado é o primeiro passo para gerenciar eficazmente a epilepsia e buscar opções de tratamento, como a cannabis, que pode melhorar significativamente a qualidade de vida.

Os sintomas da epilepsia variam amplamente entre os indivíduos, dependendo do tipo de convulsão e da parte do cérebro afetada. Alguns sintomas comuns incluem:

  • Contrações musculares involuntárias
  • Perda momentânea de consciência
  • Confusão ou desorientação temporárias
  • Sensações anormais, como formigamento e flashes visuais
  • Perda de controle da bexiga ou intestino
  • Quedas súbitas

A epilepsia pode deixar várias sequelas a longo prazo, tanto físicas quanto psicológicas. Algumas delas incluem:

  • Lesões físicas decorrentes de quedas ou acidentes durante convulsões
  • Dificuldades de aprendizagem e problemas de memória
  • Problemas emocionais e de saúde mental, como ansiedade e depressão
  • Limitações na vida diária, incluindo restrições na capacidade de dirigir e em certas atividades profissionais

Entendendo as Convulsões: Tipos, Sintomas e o Que Acontece no Cérebro

As convulsões são, sem dúvida, o aspecto mais visível e preocupante da epilepsia. Mas o que exatamente são e como elas se manifestam? Entender as convulsões é crucial tanto para quem vive com epilepsia quanto para aqueles que estão ao seu redor.

O Que São Convulsões?

Convulsões são episódios súbitos de atividade elétrica anormal no cérebro. Essa atividade elétrica irregular pode causar uma variedade de sintomas, desde movimentos involuntários a alterações de comportamento e estados de consciência.

Tipos de Convulsões

As convulsões são classificadas de diversas maneiras, mas as categorias mais amplas são:

  • Convulsões Parciais ou Focais: Essas ocorrem em apenas uma parte do cérebro. Podem ser simples, sem perda de consciência, ou complexas, onde há alteração da consciência.
  • Convulsões Parciais Simples: A pessoa mantém a consciência, mas pode experimentar sentimentos estranhos, como medo, ou movimentos involuntários em um membro.
  • Convulsões Parciais Complexas: Há perda ou alteração da consciência e comportamentos estranhos, como mastigar sem motivo ou retirar a roupa.
  • Convulsões Generalizadas: Afetam todo o cérebro e geralmente causam perda de consciência. Alguns tipos incluem:
  • Ausência: causa uma interrupção breve e súbita da atividade cerebral. Geralmente observada em crianças.
  • Tônico-Clônicas: essas convulsões envolvem duas fases: a fase tônica, onde há rigidez muscular, e a fase clônica, caracterizada por movimentos bruscos e tremores.
  • Atônicas: Causam uma perda súbita de tônus muscular, fazendo com que a pessoa caia.
  • Mioclônicas: Envolve espasmos ou tremores súbitos em partes do corpo.

Sintomas Associados

Os sintomas durante uma convulsão variam dependendo do tipo, mas comumente incluem:

  • Movimentos descontrolados
  • Perda de consciência ou confusão
  • Gritos ou sons involuntários
  • Salivação excessiva
  • Perda de controle da bexiga ou intestino

O Que Acontece no Cérebro?

Durante uma convulsão, há uma súbita onda de atividade elétrica que interrompe o funcionamento normal do cérebro. Isso pode acontecer por diversas razões, como lesões cerebrais, desequilíbrios químicos ou genética. O efeito é como um “curto-circuito”, levando a sintomas que refletem essa disfunção.

Como Lidar com uma Convulsão

Se você está perto de alguém tendo uma convulsão:

  • Mantenha a calma e assegure-se de que a pessoa esteja em um local seguro. Não tente segurar a pessoa ou colocar algo em sua boca.
  • Vire a pessoa de lado para evitar que a saliva se acumule.
  • Observe a duração da convulsão e quaisquer sintomas específicos, para informar aos profissionais de saúde.

Entender as convulsões é vital para gerenciar a epilepsia eficazmente e buscar as melhores opções de tratamento, como a cannabis medicinal, que podem oferecer alívio significativo para muitos pacientes.

Tratamentos Convencionais para Epilepsia: O Que Você Precisa Saber

Quando se trata de epilepsia, a abordagem de tratamento pode ser tão diversa quanto os próprios sintomas. Vários métodos convencionais são frequentemente usados para controlar as convulsões e melhorar a qualidade de vida. A seguir, apresentamos os mais comuns, com seus benefícios e possíveis efeitos colaterais.

Medicamentos Antiepilépticos

São fármacos especificamente desenvolvidos para regular a atividade elétrica cerebral, atuando assim no controle e prevenção das convulsões. Eles são frequentemente o primeiro recurso utilizado no manejo da epilepsia e promovem um controle eficaz da frequência e gravidade das convulsões em muitos casos.

Efeitos Colaterais

  • Sonolência ou fadiga;
  • Problemas cognitivos, como memória e concentração prejudicadas;
  • Alterações de humor;
  • Distúrbios gastrointestinais, como náusea e vômito.

Cirurgia de Epilepsia

Este procedimento cirúrgico é uma opção quando os medicamentos não oferecem controle adequado das convulsões, ou quando é possível identificar e remover com segurança uma região específica do cérebro onde as convulsões se originam.Pode ser uma solução de longo prazo e até definitiva para alguns tipos de epilepsia.

Efeitos Colaterais

  • Riscos associados a qualquer cirurgia, como infecção ou sangramento;
  • Potenciais déficits neurológicos, dependendo da área do cérebro abordada.

Dieta Cetogênica

Consiste em uma dieta rica em gorduras e pobre em carboidratos, frequentemente indicada para tratar crianças com formas resistentes de epilepsia. É eficaz na redução da frequência das convulsões em alguns pacientes.

Efeitos Colaterais

  • Dieta rigorosa que pode levar à desnutrição;
  • Pode gerar complicações metabólicas.

Estimulação do Nervo Vago (VNS)

Um pequeno dispositivo é implantado cirurgicamente no peito para estimular o nervo vago, com o objetivo de enviar sinais ao cérebro que podem reduzir a frequência das convulsões. Alguns pacientes experimentam uma redução de até 50% na frequência das convulsões.

Efeitos Colaterais

  • Alterações na voz;
  • Dor ou desconforto no local do implante;
  • Sintomas respiratórios como tosse ou falta de ar.

Ao lidar com epilepsia, o tratamento deve ser personalizado e adaptado às necessidades específicas de cada paciente. É fundamental uma discussão aberta com profissionais da saúde para explorar todas as opções de tratamento.

Cannabis Medicinal e Epilepsia: Uma Possível Opção Terapêutica

A busca por tratamentos eficazes para a epilepsia é uma prioridade médica, dada a complexidade da condição e o impacto profundo que pode ter na qualidade de vida dos pacientes e de seus entes queridos. Dentro desse contexto, a cannabis tem surgido como uma alternativa natural que oferece novas perspectivas.

O que torna a cannabis uma opção terapêutica nos casos de epilepsia é a maneira como os canabinóides ativos da planta interagem com o sistema endocanabinoide (SEC) presente em nossos organismos. O SEC é um complexo sistema de sinalização celular que regula uma série de processos fisiológicos, incluindo o humor, dor, sono e, mais pertinente a este contexto, a atividade elétrica no cérebro.

Agora, você pode se perguntar: como exatamente essa interação ocorre? Em termos simples, os canabinoides da planta se ligam ou influenciam os receptores do SEC, promovendo um equilíbrio que pode resultar na modulação de várias respostas do organismo. No caso da epilepsia, essa interação tem o potencial de reduzir a hiperatividade elétrica cerebral que muitas vezes leva às convulsões.

Além de regular as atividades elétricas, os canabinóides também têm propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras. Eles podem ajudar a proteger os neurônios contra danos, o que é um bônus adicional ao considerar os desafios a longo prazo de conviver com uma condição neurológica crônica como a epilepsia.

É crucial notar que cada pessoa é única, e a eficácia da cannabis pode variar de um indivíduo para outro. Porém, o crescente corpo de evidências sugere que essa planta tem o potencial para beneficiar um amplo espectro de pacientes com epilepsia, inclusive aqueles para quem os métodos tradicionais de tratamento não foram eficazes.

Como os Canabinoides e Terpenos da Planta Podem Ajudar Quem Sofre com Epilepsia

Canabidiol (CBD)

O CBD é talvez o canabinoide mais estudado quando se trata de epilepsia. Sua interação com o sistema endocanabinoide (SEC) ajuda a regular a atividade elétrica no cérebro, podendo assim reduzir a frequência e a intensidade das convulsões. O CBD também possui propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras, o que pode ser benéfico para proteger o tecido cerebral em longo prazo.

Tetrahidrocanabinol (THC)

O THC pode ajudar no alívio da dor e no relaxamento muscular, que são sintomas secundários comuns em casos de epilepsia. No entanto, é crucial o acompanhamento médico rigoroso, especialmente para evitar efeitos colaterais como euforia, ansiedade ou mudanças no estado mental, associados ao uso de uma dosagem mais alta de THC.

Canabigerol (CBG)

Embora menos estudado que o CBD e o THC, o CBG está se mostrando promissor em pesquisas iniciais. Ele também interage com o SEC e tem propriedades anti-inflamatórias. Alguns estudos sugerem que o CBG pode ter efeitos neuroprotetores, o que poderia ser útil para minimizar danos cerebrais associados à epilepsia.

Canabinol (CBN)

O CBN é outro canabinoide que pode ter utilidade terapêutica para a epilepsia, embora sua eficácia seja menos estabelecida. Ele é conhecido por suas propriedades sedativas, o que pode ajudar pacientes com epilepsia a gerir sintomas como insônia ou ansiedade, frequentemente associados à condição.

Terpenos

Os terpenos são compostos aromáticos encontrados na cannabis e em outras plantas. Eles também podem ter um papel coadjuvante no tratamento da epilepsia. Alguns terpenos, como o mirceno e o limoneno, possuem propriedades relaxantes e anti-inflamatórias que podem contribuir para o bem-estar geral do paciente. O “efeito comitiva,” uma sinergia entre canabinoides e terpenos, pode potencializar os efeitos terapêuticos da planta.


O potencial da cannabis para o tratamento da epilepsia é vasto, mas ainda estamos nos estágios iniciais de compreensão de como cada canabinoide e terpeno pode contribuir. Os componentes da planta interagem com sistemas biológicos complexos em nosso corpo e podem beneficiar pacientes com epilepsia de diferentes maneiras. A abordagem deve ser individualizada e sempre sob rigoroso acompanhamento médico, para otimizar os benefícios do tratamento.

A Cannabis Medicinal na Ciência: Uma Alternativa Comprovada para o Tratamento da Epilepsia

O uso de cannabis medicinal para o tratamento de diversas condições de saúde tem sido objeto de intensa pesquisa científica. No caso da epilepsia, estudos recentes oferecem um sólido endosso ao seu potencial terapêutico, mostrando que os compostos naturais da planta podem desempenhar um papel significativo no controle de convulsões.

Um marco nessa área de pesquisa foi um estudo publicado em 2017 pelo New England Journal of Medicine. Este estudo randomizado e controlado por placebo concluiu que o canabidiol (CBD), um dos canabinoides da planta, reduziu significativamente a frequência de convulsões em pacientes com síndrome de Dravet, uma forma severa de epilepsia.

Além disso, um artigo publicado em 2018 no Journal of Epilepsy Research destacou que tanto o CBD quanto o tetrahidrocanabinol (THC) demonstraram resultados encorajadores como a redução de 50% na frequência das convulsões e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Esta revisão sistemática agregou dados de diversos estudos, solidificando a base de evidências a favor do uso da cannabis medicinal.

A Lancet Neurology também trouxe um estudo em 2016 que reforça essas descobertas. O artigo mostrou que os pacientes com epilepsia resistente a tratamentos experimentaram uma redução média de 36,5% no número de convulsões motoras mensais após fazerem uso de um extrato de CBD.

Vale também ressaltar uma pesquisa publicada em 2021 pelo BMJ Paediatrics, conduzida em parceria com o Professor David Nutt, renomado neuropsicofarmacologista inglês especializado em pesquisas sobre drogas que afetam o cérebro.
O estudo se concentrou em 10 crianças com formas severas e resistentes de epilepsia, e os resultados indicaram que o CBD foi não apenas eficaz na redução das convulsões, mas também foi bem tolerado, o que é fundamental quando se considera o tratamento pediátrico.

Um estudo brasileiro de 2021 do departamento de neurologia do hospital das clínicas da USP oferece mais uma camada de endosso científico ao demonstrar que O CBD é um tratamento eficaz para pacientes com síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut.

Se você ou alguém que você cuida está explorando opções para o controle da epilepsia essas evidências científicas, todas provenientes de fontes respeitadas e métodos rigorosos, reforçam a visão de que a cannabis é uma alternativa terapêutica potencial para a epilepsia.

A planta não apenas apresenta uma série de benefícios comprovados, mas também representa uma opção natural com menos efeitos colaterais que os tratamentos convencionais. E como sempre, é essencial lembrar que cada caso é único e os tratamentos devem ser personalizados para atender às necessidades específicas de cada paciente.

Seu Caminho para um Tratamento mais Eficaz e Humanizado Começa Aqui

Chegar ao final deste artigo significa que você está buscando informações bem fundamentadas para entender melhor as opções terapêuticas no tratamento da epilepsia. Se você ou alguém que você cuida está ponderando a cannabis como uma alternativa terapêutica viável, saiba que a orientação médica é absolutamente essencial para tomar decisões tão importantes quanto essa.

Na CannaCare, nossa missão é sermos protagonistas no bem-estar dos nossos pacientes. Compreendemos a complexidade da epilepsia e os desafios associados a esta condição. Por isso, nosso objetivo é fornecer não apenas produtos de alta qualidade, mas também um acompanhamento médico cuidadoso e personalizado.

Ao marcar uma consulta conosco, você dá o primeiro passo em direção a uma nova era de tratamentos mais eficazes e humanizados. Nossa equipe está totalmente preparada para ajudar você a encontrar o melhor caminho terapêutico, sempre fundamentado em evidências científicas e com a seriedade que a sua saúde merece.
Estamos disponíveis para discutir as opções mais adequadas para o seu caso e para tirar qualquer dúvida que você possa ter. Queremos que você se sinta apoiado e seguro ao tomar qualquer decisão relacionada ao seu tratamento.

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Texto escrito por Mariana Ferreira

Revisão médica:

Dr. Sérgio Rayol – CRM SP 165458

Diretor médico na CannaCare.

Médico pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital Santa Marcelina e em Hematologia e Hemoterapia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Curso de Medicina Paliativa no Instituto Pallium (Buenos Aires). Curso de Medicina Cannabinoide pela WeCann Academy

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