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Cannabis para diabetes: conheça os benefícios

Sumário

Que a cannabis é utilizada para tratar dor crônica; reduzir náuseas e vômitos; ansiedade e depressão; reduzir a frequência e severidade de convulsões; insônia e sintomas neurológicos, você provavelmente já ouviu falar. E você sabia que ela também pode trazer benefícios significativos para quem sofre de diabetes?

O diabetes é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, sendo caracterizado pela incapacidade do corpo de regular os níveis de açúcar no sangue de maneira eficaz.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF), em 2021, cerca de 537 milhões de adultos (20-79 anos) conviviam com diabetes em todo o mundo. Esse número está projetado para aumentar para 643 milhões até 2030 e 783 milhões até 2045 se não forem tomadas medidas significativas para controlar a doença.

Mas o que causa essa doença? Como os canabinoides podem realmente ajudar no controle dessa doença crônica tão prevalente? Como a cannabis pode se encaixar nos cenários de tratamento? Vamos esclarecer essas questões ao longo desse texto, proporcionando uma compreensão detalhada sobre os mecanismos pelos quais a cannabis pode se tornar uma aliada no tratamento do diabetes. Confira.

O que é diabetes?

Diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou não consegue utilizá-la de maneira eficaz. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que permite que a glicose (açúcar) dos alimentos entre nas células para ser usada como energia. Quando isso não acontece, os níveis de glicose no sangue aumentam, levando a uma série de complicações graves ao longo do tempo.

Existem três tipos de diabetes: 

  • Diabetes tipo 1: embora menos comum, afeta uma significativa parcela da população, geralmente sendo diagnosticado em crianças e jovens adultos. É uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca e destroi as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina;
  • Diabetes tipo 2: representa aproximadamente 90-95% dos casos de diabetes e é mais frequentemente diagnosticado em adultos, embora a incidência em crianças e adolescentes esteja aumentando. Ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou quando o pâncreas não produz insulina suficiente;
  • Diabetes gestacional: afeta cerca de 10% das mulheres grávidas em todo o mundo e aumenta o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 no futuro. Geralmente se desenvolve entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. Durante a gravidez, o corpo da mulher produz hormônios necessários para o desenvolvimento do bebê que podem tornar as células do corpo mais resistentes à insulina, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. Em mulheres com diabetes gestacional, o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para superar essa resistência, levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue.

As complicações do diabetes são diversas e podem afetar praticamente todos os órgãos do corpo. Entre as mais comuns, estão doenças cardiovasculares, neuropatia (dano nos nervos), nefropatia (dano nos rins) e retinopatia (dano nos olhos). O controle rigoroso dos níveis de glicose no sangue é essencial para prevenir ou retardar essas complicações.

Os benefícios da cannabis para diabetes

A cannabis tem sido estudada por seus potenciais benefícios no tratamento do diabetes. Diversos estudos sugerem que os canabinoides, compostos ativos encontrados na planta da cannabis, podem ajudar a melhorar o controle glicêmico, reduzir a inflamação e até mesmo proteger contra complicações relacionadas à diabetes.

Um estudo publicado no American Journal of Medicine, encontrou evidências significativas de que o uso de cannabis pode ter benefícios metabólicos para indivíduos com diabetes. Estes foram alguns dos principais achados:

  • Níveis mais baixos de insulina em jejum: os usuários de cannabis apresentaram níveis de insulina em jejum 16% mais baixos em comparação aos não usuários. A insulina em jejum é um indicador da saúde metabólica e da função pancreática​;
  • Redução da resistência à insulina: a resistência à insulina, medida pelo modelo de avaliação da homeostase da resistência à insulina (HOMA-IR), foi 17% menor entre os usuários de cannabis. A resistência à insulina é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e suas complicações​.
  • Menor circunferência da cintura: o estudo também encontrou uma associação entre o uso de cannabis e uma menor circunferência da cintura (a gordura abdominal está fortemente associada ao risco de diabetes e doenças cardiovasculares​);
  • Os usuários de cannabis apresentaram níveis mais altos de colesterol HDL, o “bom” colesterol, que ajuda a proteger contra doenças cardíacas​. 

Esses achados sugerem que a cannabis pode desempenhar um papel na modulação dos processos metabólicos, o que pode ser benéfico para o controle do diabetes.

O poder anti-inflamatório do CBD

Outro estudo, realizado pela Universidade de Tel Aviv, descobriu que o canabidiol (CBD) pode reduzir a inflamação e proteger contra danos ao pâncreas em modelos animais de diabetes tipo 1.

A inflamação é um dos principais fatores que contribuem para a destruição das células beta produtoras de insulina no diabetes tipo 1 e o CBD ajudou a preservar as células beta do pâncreas.

O estudo observou que o CBD pode modificar a resposta imunológica, diminuindo a atividade das células imunológicas que atacam o pâncreas, o que sugere um potencial terapêutico para o controle da autoimunidade associada ao diabetes tipo 1.

Além disso, modelos animais tratados com CBD mostraram melhorias nos níveis de glicose no sangue, indicando um melhor controle glicêmico.

Os pesquisadores concluíram que o CBD possui um potencial significativo como tratamento terapêutico para diabetes tipo 1, por conta da sua capacidade de reduzir a inflamação e proteger contra danos pancreáticos.

Cannabis, diabetes, e alívio da dor

A cannabis pode ajudar a aliviar a dor neuropática, uma complicação comum do diabetes que é muitas vezes difícil de tratar com medicamentos tradicionais. É o que aponta este estudo conduzido pelo University College London: 

  • O Δ9-tetrahidrocanabinol (THC) foi eficaz na redução da dor neuropática, que é uma complicação comum e debilitante do diabetes;
  • O alívio da dor foi maior com doses mais altas de THC, demonstrando um efeito dose-dependente;
  • O estudo sugere que o THC pode ser uma alternativa eficaz aos tratamentos convencionais para a dor neuropática.

Os tratamentos convencionais para a dor neuropática frequentemente incluem medicamentos como anticonvulsivantes (gabapentina, pregabalina), antidepressivos (amitriptilina, duloxetina), e opioides.

Esses medicamentos, apesar de eficazes para alguns pacientes, apresentam várias desvantagens significativas: anticonvulsivantes e antidepressivos podem causar efeitos colaterais como sonolência, tontura, ganho de peso, boca seca e constipação. Opioides, além dos efeitos colaterais mencionados, podem levar à dependência e ao uso abusivo, criando um risco significativo de adição​.

Além disso, muitos pacientes com dor neuropática não respondem adequadamente aos tratamentos convencionais, necessitando de doses mais altas, o que aumenta o risco de efeitos adversos​.

Com o uso prolongado, especialmente de opioides, os pacientes podem desenvolver tolerância, necessitando de doses cada vez maiores para obter o mesmo alívio da dor, o que agrava os riscos de dependência e overdose​.

Por isso, o THC pode proporcionar alívio eficaz onde outros tratamentos falharam. Embora o THC tenha efeitos psicoativos, o risco de dependência é considerado menor em comparação com opioides. Além disso, os efeitos colaterais do THC, como sonolência e euforia, são geralmente bem tolerados e menos graves do que aqueles associados aos medicamentos convencionais​.

Mais benefícios da cannabis para o diabetes

Outro estudo, publicado na revista Diabetes Care, destacou o papel significativo do CBD e do Δ9-tetrahidrocannabivarina (THCV) no metabolismo glicêmico. Os resultados indicam que esses compostos podem desempenhar um papel significativo na melhora da regulação da glicose e da sensibilidade à insulina em pacientes com diabetes tipo 2.

O THCV mostrou uma redução significativa nos níveis de glicose em jejum em comparação com o placebo, indicando uma melhora no controle glicêmico. O composto também melhorou a função das células beta pancreáticas, que são responsáveis pela produção de insulina, sugerindo um potencial para preservar ou melhorar a capacidade do corpo de regular a glicose.

Além disso, houve um aumento significativo nos níveis de adiponectina, um hormônio que desempenha um papel fundamental na regulação do metabolismo da glicose e dos ácidos graxos.

Já o CBD foi associado a uma redução nos níveis de resistin, uma proteína que pode causar resistência à insulina, além de aumentar o peptídeo insulinotrópico dependente de glicose, que ajuda na secreção de insulina.

Vale reforçar que além de melhorar a regulação da glicose, os canabinoides podem influenciar positivamente outros aspectos do metabolismo, como a redução da inflamação e a modulação do metabolismo lipídico.

O estudo relatou que tanto o CBD quanto o THCV foram bem tolerados pelos participantes, sem eventos adversos graves, o que é um ponto positivo em comparação com alguns efeitos adversos mais graves associados a tratamentos tradicionais.

Consulta médica, tratamento integrado e cuidado continuado

É essencial lembrar que o tratamento com a cannabis deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde. A cannabis não substitui os tratamentos convencionais para diabetes, mas pode complementar o manejo da doença.

A avaliação médica é fundamental para determinar a dosagem adequada e a forma de consumo mais segura, garantindo os máximos benefícios possíveis sem riscos desnecessários.

A CannaCare está comprometida em te acolher com excelência desde o início, te acompanhando em toda a sua jornada com a planta. Se você ou alguém que você conhece sofre de diabetes e tem interesse em explorar os benefícios da cannabis, entre em contato conosco.

Nossa equipe de especialistas está pronta para te orientar no caminho para uma vida mais saudável e equilibrada, colhendo os benefícios de uma medicina alternativa com muitos ganhos para sua saúde. Clique aqui e agende a sua consulta.

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Texto escrito por Mariana Ferreira

Revisão médica:

Dr. Sérgio Rayol – CRM SP 165458

Diretor médico na CannaCare.

Médico pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital Santa Marcelina e em Hematologia e Hemoterapia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Curso de Medicina Paliativa no Instituto Pallium (Buenos Aires). Curso de Medicina Cannabinoide pela WeCann Academy

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