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Cannabis na cicatrização de feridas, funciona?

Sumário

A medicina canabinóide tem ganhado espaço em diversas áreas terapêuticas, desde o alívio da dor crônica até o tratamento de epilepsias. Nos últimos anos, um novo campo de estudo tem atraído a atenção de pesquisadores: o uso da cannabis na cicatrização de feridas. Mas será que realmente funciona? Neste artigo, exploramos as evidências científicas, os mecanismos de ação dos canabinóides e as possibilidades futuras dessa aplicação promissora.

Como a cicatrização de feridas acontece no corpo

Antes de entender o papel da cannabis nesse processo, é importante compreender como a cicatrização funciona. Quando ocorre uma lesão na pele, o organismo passa por três fases principais:

  1. Fase inflamatória – Imediatamente após a lesão, há uma resposta inflamatória para combater agentes infecciosos e preparar o local para regeneração.
  2. Fase proliferativa – Envolve a formação de novos tecidos, vasos sanguíneos e a deposição de colágeno.
  3. Fase de remodelação – Nesta etapa, o tecido recém-formado é reorganizado para se assemelhar ao original.

Esse processo pode ser comprometido em pessoas com doenças crônicas, como diabetes, ou em casos de feridas de difícil cicatrização, como úlceras e escaras.

O sistema endocanabinóide e a regeneração da pele

A chave para entender o impacto da cannabis na cicatrização está no sistema endocanabinoide (SEC) — um conjunto de receptores e substâncias sinalizadoras presentes em todo o corpo, inclusive na pele. Esse sistema regula funções como dor, inflamação, imunidade e crescimento celular.

Na pele, os receptores CB1 e CB2 (os principais do SEC) desempenham um papel fundamental na homeostase cutânea. Quando ativados por canabinóides — sejam eles endógenos (produzidos pelo corpo) ou exógenos (como o THC e o CBD) — esses receptores podem modular processos como:

  • Redução da inflamação
  • Estímulo à proliferação celular
  • Regulação da produção de sebo e colágeno

Esses efeitos sugerem que os compostos da cannabis podem contribuir para a regeneração da pele danificada.

Estudos sobre cannabis e cicatrização de feridas

Nos últimos anos, alguns estudos laboratoriais e clínicos têm investigado a eficácia dos canabinoides no tratamento de feridas. A seguir, destacamos alguns dos achados mais relevantes:

1. Estudo com aplicação tópica de CBD

Um estudo publicado no Journal of Pain and Symptom Management avaliou o uso de um creme contendo CBD em pacientes com feridas crônicas. Os resultados mostraram melhora significativa na dor, na inflamação local e na aceleração do processo de cicatrização.

2. Pesquisa sobre o papel do SEC na pele

Pesquisadores da University of Modena and Reggio Emilia destacaram que a ativação dos receptores CB2 na pele ajuda a controlar a inflamação e favorece a regeneração de tecidos epiteliais.

3. Uso de canabinóides em feridas de difícil cicatrização

Outros estudos clínicos demonstraram que, quando utilizados como tratamento adjunto, cremes ou pomadas com CBD podem reduzir infecções, melhorar a hidratação da pele e acelerar o fechamento de úlceras em pacientes com diabetes.

Principais canabinóides envolvidos na cicatrização

Dentre os mais de 100 compostos encontrados na planta de cannabis, alguns se destacam no processo de regeneração cutânea:

  • CBD (canabidiol): Potente anti-inflamatório, atua diretamente nos receptores CB2 e promove equilíbrio imunológico, reduzindo a dor e o inchaço local.
  • THC (tetrahidrocanabinol): Embora conhecido por seu efeito psicoativo, o THC também tem propriedades analgésicas e pode auxiliar na cicatrização por meio da regulação do SEC.
  • CBG (canabigerol): Apontado como um promissor agente antibacteriano e anti-inflamatório, o CBG pode prevenir infecções em feridas abertas.

Aplicações práticas e formas de uso

O uso da cannabis para fins dermatológicos geralmente ocorre de forma tópica, com pomadas, cremes ou óleos aplicados diretamente sobre a lesão. Essa via tem a vantagem de agir localmente, sem causar efeitos psicoativos (especialmente quando o produto contém apenas CBD).

Em alguns casos, o uso sistêmico, por via oral ou sublingual, também pode ser indicado, principalmente para pacientes com dor crônica associada a feridas ou doenças inflamatórias graves.

Limitações e cuidados no uso da cannabis para feridas

Apesar dos avanços, o uso de cannabis na cicatrização ainda é considerado experimental em muitos países, incluindo o Brasil. Alguns pontos importantes a considerar:

  • Necessidade de prescrição médica: Apenas profissionais autorizados podem indicar o uso de produtos à base de cannabis.
  • Falta de padronização: A concentração e a formulação dos produtos variam muito, o que pode influenciar nos resultados.
  • Possíveis interações medicamentosas: A cannabis pode interferir com outros medicamentos usados para tratar feridas, como antibióticos e corticosteróides.

Futuro da cannabis na dermatologia regenerativa

Com o crescimento da pesquisa científica e o avanço das regulamentações, espera-se que novos produtos dermatológicos à base de canabinoides sejam lançados nos próximos anos. Empresas farmacêuticas e de cosméticos já investem no desenvolvimento de cremes cicatrizantes, géis antibacterianos e loções regenerativas com extratos de cannabis.

Além disso, estudos mais amplos e randomizados são necessários para comprovar a eficácia desses produtos em populações diversas, incluindo idosos, diabéticos e pessoas imunocomprometidas.

O potencial da cannabis para cicatrização de feridas

A cannabis medicinal demonstra potencial como aliada no processo de cicatrização de feridas, especialmente por meio de seus efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e regenerativos. Embora ainda existam limitações e a necessidade de mais estudos clínicos robustos, os primeiros resultados são promissores.

Para quem sofre com feridas crônicas ou lesões de difícil cicatrização, o uso de produtos à base de cannabis, com orientação médica, pode representar uma nova opção terapêutica eficaz e segura.

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