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Cannabis medicinal na oncologia: benefícios e cuidados

Sumário

O tratamento do câncer é, muitas vezes, um caminho repleto de desafios físicos e emocionais. Entre os recursos complementares que vêm ganhando espaço na prática clínica, o uso da cannabis medicinal na oncologia se destaca como uma alternativa promissora para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Embora a cannabis não substitua o tratamento convencional do câncer, como quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia, ela pode atuar como aliada no manejo de sintomas debilitantes associados à doença e aos efeitos colaterais dos tratamentos. Neste artigo, vamos explorar os benefícios, mecanismos de ação, evidências científicas e o papel da cannabis medicinal no contexto oncológico.

O que é a cannabis medicinal?

A cannabis medicinal refere-se ao uso terapêutico dos compostos naturais da planta Cannabis sativa, principalmente o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC). Esses compostos atuam no sistema endocanabinoide, que está envolvido na regulação de funções como dor, humor, apetite, sono e resposta imunológica.

A combinação entre CBD e THC pode ser ajustada de acordo com as necessidades clínicas de cada paciente, proporcionando efeitos terapêuticos com mínimos efeitos colaterais, especialmente quando o tratamento é bem orientado por um médico.

Por que usar cannabis no tratamento do câncer?

O câncer e seu tratamento podem desencadear uma série de sintomas que afetam profundamente o bem-estar do paciente. A cannabis medicinal pode ser utilizada como terapia adjuvante, ou seja, complementar, para aliviar esses sintomas. Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Redução de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia
  • Melhora do apetite e prevenção da caquexia (perda extrema de peso e massa muscular)
  • Controle da dor crônica e refratária
  • Alívio da ansiedade e depressão associadas ao diagnóstico e tratamento
  • Melhora do sono e da qualidade de vida

A seguir, detalhamos cada um desses benefícios.

1. Controle de náuseas e vômitos

Náuseas e vômitos são efeitos colaterais comuns e debilitantes da quimioterapia. Embora existam medicamentos antieméticos convencionais, muitos pacientes não respondem bem ou sofrem com efeitos adversos. O THC, componente psicoativo da cannabis, demonstrou eficácia significativa no controle de náuseas, inclusive em pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais.

Estudos clínicos mostram que a cannabis pode melhorar a tolerância à quimioterapia, permitindo que o paciente mantenha o tratamento sem tantas interrupções por efeitos colaterais.

2. Estímulo do apetite e combate à perda de peso

Pacientes oncológicos, especialmente aqueles em estágios avançados, frequentemente enfrentam perda de apetite e perda de peso, o que pode prejudicar o prognóstico e a resposta ao tratamento. A cannabis medicinal, por meio do THC, é conhecida por estimular o apetite — efeito popularmente chamado de “larica”.

Esse estímulo pode ajudar a manter o estado nutricional do paciente, contribuindo para uma recuperação mais eficiente e uma resposta melhor ao tratamento oncológico.

3. Alívio da dor oncológica

A dor crônica é um dos sintomas mais relatados por pacientes com câncer, especialmente em estágios mais avançados. A cannabis, principalmente em formulações com THC e CBD combinados, atua em receptores do sistema nervoso central, ajudando a modular a percepção da dor.

Ela pode ser usada em conjunto com analgésicos opioides, reduzindo a necessidade de doses elevadas desses medicamentos e, consequentemente, diminuindo os efeitos colaterais dos opioides, como constipação e sedação excessiva.

4. Melhora da qualidade emocional

O diagnóstico e o tratamento do câncer têm grande impacto emocional. É comum que pacientes enfrentem crises de ansiedade, insônia e depressão durante a jornada oncológica. O CBD, um dos principais compostos da cannabis, possui efeitos ansiolíticos e antidepressivos reconhecidos, sem causar alterações cognitivas significativas.

Com o uso adequado da cannabis medicinal, muitos pacientes relatam melhora na qualidade do sono, maior estabilidade emocional e sensação de bem-estar, o que pode refletir positivamente em todas as etapas do tratamento.

5. Redução de inflamações e possíveis efeitos antitumorais

Estudos preliminares e laboratoriais sugerem que alguns canabinoides podem ter efeitos antiproliferativos em células tumorais e propriedades anti-inflamatórias. Embora essas evidências ainda estejam em fase inicial e não justifiquem o uso da cannabis como tratamento primário contra o câncer, elas abrem caminho para pesquisas futuras promissoras.

Evidências científicas e recomendações médicas

Organizações médicas internacionais, como a American Cancer Society e o National Cancer Institute (EUA), reconhecem os benefícios da cannabis medicinal no manejo de sintomas associados ao câncer. No Brasil, seu uso está regulamentado pela Anvisa mediante prescrição médica e produtos autorizados para importação.

É importante destacar que o tratamento com cannabis deve ser sempre:

  • Individualizado, com formulação e dose adequadas para cada paciente
  • Prescrito por profissional de saúde habilitado
  • Integrado ao plano terapêutico global, nunca substituindo tratamentos convencionais

Considerações sobre segurança

Quando bem indicado, o uso da cannabis medicinal apresenta baixo risco de efeitos colaterais graves. Os mais comuns incluem sonolência, boca seca e, em alguns casos, alterações no humor. Em pacientes sensíveis ao THC, pode haver episódios de ansiedade ou euforia, o que reforça a importância de uma dosagem adequada e acompanhamento clínico contínuo.

Cannabis medicial: uma aliada no cuidado integrativo

O uso da cannabis medicinal na oncologia não é uma promessa milagrosa, mas uma ferramenta poderosa no cuidado integrativo de pacientes com câncer. Seus efeitos sobre a dor, o apetite, o sono, o humor e as náuseas a tornam uma aliada valiosa no enfrentamento da doença.

Com o avanço da ciência e a crescente regulamentação, a tendência é que mais pacientes possam acessar os benefícios da cannabis de forma segura, ética e eficaz, sempre com respaldo médico e foco na qualidade de vida.

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