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Cannabis medicinal pode ser uma opção para  tratar a ansiedade?

Sumário

A ansiedade é um transtorno comum e por vezes muito debilitante, vem se mostrando cada vez mais presente, principalmente na vida de pessoas que têm uma rotina agitada, com pouco tempo para descanso e relaxamento, dando lugar ao estresse e à ansiedade crônica.

Estamos expostos a uma quantidade enorme de informações, graças à internet e às redes sociais, o que pode levar a uma sobrecarga mental, gerando os desconfortáveis gatilhos de ansiedade. A pressão social e as inseguranças financeiras também são responsáveis pela ansiedade crescente nos tempos contemporâneos. Enfim, motivos não faltam para desencadear crises de ansiedade em qualquer faixa etária ou classe social.

A ansiedade pode ser tratada com diferentes tipos de terapias, como a medicamentosa, que pode ser por vezes invasiva e até gerar dependência. Uma opção terapêutica natural que vem ganhando cada vez mais destaque são os medicamentos à base de cannabis, e nós da CannaCare temos expertise nesse assunto e vamos explicar um pouquinho melhor para vocês aqui no blog!

Evidências do uso do canabidiol na ansiedade

Estudos recentes publicados em 2021, no Journal of the American Medical Association (Jama), em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP de Ribeirão Preto), demonstram que o CBD pode ser eficaz no tratamento da ansiedade, bem como para tratar outras condições de saúde mental, como burnout e depressão. Este estudo  mostrou que seis em cada dez pacientes que usam medicamentos à base de canabidiol tiveram uma menor incidência de ansiedade. Além disso, 50% dos participantes sentiram uma redução dos sintomas de depressão e 25% de burnout.

Os resultados da pesquisa realizada pela USP de Ribeirão Preto mostraram que o CBD pode reduzir significativamente os sintomas de ansiedade após 14 e 28 dias de uso do medicamento. Além disso, o estudo também evidenciou que o CBD pode ajudar a diminuir a exaustão mental e o burnout em profissionais que estavam na linha de frente da pandemia de COVID-19.

Outro estudo, publicado no Journal of Psychopharmacology, analisou o efeito do CBD em pacientes com Parkinson e  transtorno de ansiedade social. Os resultados mostraram que o canabinoide reduziu significativamente a ansiedade em comparação com um placebo. Além disso, os participantes do estudo relataram uma melhora significativa em relação a outros sintomas, como tensão, desconforto e medo. Ansiosos de plantão: a planta pode ser um alento para vocês!

Diferenciais da cannabis X medicamentos alopáticos

A cannabis tem se destacado como uma opção terapêutica por apresentar diversos diferenciais em relação a outros medicamentos. Uma das principais vantagens é que ela tem um menor risco de efeitos colaterais, o que é especialmente importante no caso de pacientes com ansiedade, que podem ser sensíveis a esses efeitos.

Além disso, os compostos da planta têm se mostrado mais eficazes em alguns casos do que medicamentos tradicionais, como os benzodiazepínicos. Um estudo publicado no Brazilian Journal of Psychiatry comparou o CBD com o clonazepam (um benzodiazepínico) no tratamento da ansiedade generalizada e concluiu que o CBD teve resultados tão bons quanto o clonazepam, mas com um menor risco de efeitos colaterais. 

Quais componentes da planta podem combater a ansiedade?

Os componentes da cannabis que ajudam a tratar a ansiedade são os fitocanabinóides e os terpenos, compostos químicos presentes na planta. Estes componentes, quando combinados, interagem de maneira sinérgica para produzir efeitos terapêuticos mais eficazes do que quando utilizados individualmente. Este fenômeno, denominado efeito comitiva ou “entourage effect” foi cunhado pelo pesquisador israelense Raphael Mechoulam e sua equipe em 1998. Acredita-se que esse efeito ocorra porque os canabinóides e terpenos podem se ligar a diferentes receptores do sistema endocanabinóide no corpo humano, produzindo uma resposta mais abrangente e completa.

Os canabinoides mais conhecidos são o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol). O CBD, em particular, tem sido estudado por suas propriedades ansiolíticas. Ele age nos receptores canabinoides do sistema nervoso central, modulando a atividade neuronal e reduzindo a ansiedade. Além disso, o CBD também pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, o que pode ser útil para pacientes que sofrem de ansiedade, associada a distúrbios do sono.

O THC é conhecido por nos deixar chapados, causando efeitos de euforia e alteração de percepção, mas quando administrado na dose adequada, em associação com o CBD, também pode trazer benefícios no tratamento da ansiedade, além de diversas outras patologias.

Como o CBD age no organismo

O CBD age no organismo por meio do sistema endocanabinoide, um sistema de neurotransmissores que regula diversas funções do corpo, incluindo o humor e o sono. O sistema endocanabinoide é composto por receptores (CB1 e CB2) que são ativados pelos canabinoides, incluindo o CBD.

O CBD age em nosso corpo por meio dos receptores do nosso Sistema Endocanabinoide (SEC), que é um sistema complexo responsável por regular uma série de funções, incluindo a resposta ao estresse, humor, sono e  inflamação. O SEC é composto por receptores CB1 e CB2 que são encontrados em todo o organismo, incluindo o cérebro, o sistema nervoso e o sistema imunológico.

Cannabis medicinal no Brasil: os desafios e oportunidades para a pesquisa científica

Embora existam estudos promissores sobre os efeitos terapêuticos da cannabis para diversas condições, ainda há uma necessidade premente de mais pesquisas científicas sobre o tema. Isso se deve, em parte, ao fato de que a maioria dos estudos até o momento foram realizados em animais ou em pequenas amostras de humanos, o que limita a generalização dos resultados.

 Além disso, muitos dos estudos existentes foram realizados em países onde o uso da cannabis é legalizado, o que pode influenciar a forma como a pesquisa é conduzida e interpretada. Portanto, é importante que sejam realizados mais estudos, em diferentes populações e condições de uso da cannabis, para que possamos entender melhor seus efeitos e riscos.

No Brasil, pesquisadores já estão bastante envolvidos em estudos sobre o uso terapêutico da cannabis, principalmente em relação a doenças neurológicas, como a epilepsia. No entanto, a pesquisa enfrenta desafios, como a falta de financiamento, a burocracia para obtenção de autorizações para uso da cannabis em pesquisa e a falta de regulamentação clara sobre a produção e uso de produtos derivados da planta. Mesmo assim, há uma crescente mobilização de pesquisadores, pacientes e ativistas em prol da legalização e regulamentação do uso da cannabis para fins medicinais no Brasil, o que pode impulsionar o desenvolvimento de mais pesquisas científicas no futuro.

Tratamento com cannabis na CannaCare: cuidado, qualidade e segurança

Nós da CannaCare acreditamos que o uso de produtos à base de cannabis para fins terapêuticos pode trazer alívio, melhora na saúde e qualidade de vida para muitas pessoas que sofrem com condições médicas diversas. Por isso, trabalhamos com produtos cuidadosamente selecionados, testados e de qualidade comprovada, para oferecer o melhor aos nossos pacientes.

Ressaltamos a importância de que o tratamento seja acompanhado por uma equipe médica qualificada. O médico escolherá o produto mais adequado para cada caso e indicará a dosagem inicial, além de monitorar o tratamento e orientar sobre possíveis ajustes de dosagem e raros, porém possíveis efeitos colaterais, para obter os benefícios da cannabis medicinal de forma segura e eficaz.

Estamos à disposição para acolhê- lo e ajudá-lo a encontrar o produto ideal para suas necessidades, e nossa equipe médica pode orientá-lo em todas as etapas do tratamento. Conte conosco para oferecer o melhor em termos de qualidade, segurança e eficácia. Juntos, podemos encontrar novas soluções para melhorar a saúde e o bem-estar.  O seu bem estar é a nossa prioridade.

Texto escrito por Mariana Ferreira

Revisão médica:

Dr. Sérgio Rayol – CRM SP 165458

Diretor médico na CannaCare.

Médico pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital Santa Marcelina e em Hematologia e Hemoterapia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Curso de Medicina Paliativa no Instituto Pallium (Buenos Aires). Curso de Medicina Cannabinoide pela WeCann Academy

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