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THC e CBD: definições, diferenças e pesquisas científicas

Sumário

Na sociedade contemporânea, a busca incessante por alternativas saudáveis e naturais ao tratamento convencional tem crescido notavelmente. Neste cenário, a cannabis ganha destaque não apenas como uma opção de tratamento promissor, mas também como um campo rico para pesquisas e inovações. O universo dessa planta pode ser complexo e desafiador, principalmente quando se trata de desvendar os detalhes dos seus componentes mais mencionados: o THC e o CBD.

Você pode se perguntar: O que realmente são esses compostos? Qual é o seu papel no organismo humano? Qual é o seu verdadeiro potencial terapêutico e como eles podem influenciar a qualidade de vida dos indivíduos?

Aqui na CannaCare estamos comprometidos em oferecer respostas embasadas e claras para essas perguntas, apresentando uma análise detalhada e bem fundamentada sobre os benefícios potenciais da cannabis. 

Depois de ler este artigo, esperamos que você esteja mais preparado para tomar decisões informadas e conscientes para a sua saúde. Estamos sempre à disposição para acolher você em sua busca pelo bem-estar, através dos tratamentos à base de cannabis. A sua jornada para uma vida mais saudável e equilibrada começa aqui, com a gente.

O que é CBD (canabidiol)?

Ouvimos muito falar desse composto por aí, e não é sem motivo. O CBD, ou canabidiol, vem roubando a cena nos últimos anos, principalmente pelas suas potenciais propriedades terapêuticas e a capacidade de oferecer alívio para diversas condições. Ele conquistou espaço no campo da medicina contemporânea, atraindo a atenção tanto de pesquisadores quanto de profissionais da saúde.

O CBD age no sistema endocanabinoide do corpo humano (SEC), um complexo sistema que influencia várias funções corporais, como o sono, o apetite, humor, dor, libido, memória e respostas imunológicas. Esta interação promove uma regulação eficaz de diversas funções corpóreas, contribuindo para o equilíbrio e o bem-estar geral.

Estudos científicos têm continuamente ilustrado os benefícios multifacetados do CBD. Por exemplo, foi observado que o composto pode ser um aliado poderoso no tratamento de condições como ansiedade, funcionando como um agente calmante que ajuda a promover um estado mental mais tranquilo. Além disso, o CBD tem mostrado promessa no tratamento de condições inflamatórias, funcionando como um potente anti-inflamatório que pode ser benéfico em casos de dores crônicas e outras doenças inflamatórias.

Dada a natureza multifacetada dos benefícios do CBD, é vital que qualquer uso seja feito sob a orientação de profissionais especializados com o CRM ativo, garantindo um tratamento seguro, personalizado e eficaz. Desta forma, o CBD se apresenta não apenas como uma tendência emergente, mas como um componente vital na jornada contemporânea de bem-estar e saúde.

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O que é THC (tetra-hidrocanabinol)?

Este composto, também conhecido como tetra-hidrocanabinol, é mais do que apenas um personagem controverso nesta história. Na verdade, ele se destaca como uma substância que tem sido amplamente estudada e respeitada no âmbito médico e científico por seu potencial terapêutico vasto e complexo.

Nesta seção vamos explorar mais profundamente o universo do THC, um composto que não só é fundamental na composição da planta de cannabis, mas que também tem uma gama diversa de efeitos e benefícios, que podem ser melhorar diversas condições de saúde e aumentar a qualidade de vida de muita gente. Vamos nos aprofundar nas peculiaridades desse composto, explorando sua estrutura química, suas funcionalidades e o impacto benéfico que pode ter no nosso organismo, quando utilizado de maneira responsável e orientada por médicos capacitados.

Estrutura e funcionamento

Quimicamente, o THC é um dos mais de 100 canabinoides identificados na planta de cannabis. A sua singularidade reside na sua capacidade de interagir de maneira intensa com o sistema endocanabinoide do corpo humano.

Ao consumir produtos à base de THC, este composto liga-se aos receptores cannabinoides CB1 e CB2 encontrados principalmente no cérebro e no sistema nervoso central. Esta ligação ativa uma cascata de reações bioquímicas que pode resultar em uma série de efeitos percebidos, variando desde relaxamento muscular até a intensificação da percepção sensorial.

Benefícios potenciais e pesquisas em andamento

Diversos estudos têm mostrado que o THC possui uma série de propriedades benéficas. Por exemplo, uma pesquisa publicada na revista European Journal of Pharmacology destaca seu papel como um agente anti-inflamatório potente, que pode ser uma alternativa viável no tratamento de condições como artrite e inflamações crônicas.

Além disso, há evidências crescentes de que o THC pode funcionar como um analgésico eficaz, ajudando na gestão da dor crônica. Um estudo conduzido pela Universidade de Califórnia, em San Francisco, demonstrou que a inclusão de pequenas doses de THC pode ampliar significativamente a eficácia de analgésicos convencionais.

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Considerações importantes

Ao considerar o THC como uma opção de tratamento, é vital adotar uma abordagem equilibrada, fundamentada em ciência e em orientação médica especializada. Devido à possibilidade de efeitos adversos, seu uso deve sempre ser realizado sob a orientação de um profissional capacitado, garantindo assim um tratamento seguro e ajustado às necessidades individuais de cada paciente. Este caminho não apenas garantirá uma experiência mais segura, mas também potencializará as chances de sucesso no tratamento, abrindo novas portas para o bem-estar e a qualidade de vida.

Afinal, qual a diferença entre THC e CBD?

Ouvimos muito falar sobre THC e CBD, os protagonistas quando se trata de compostos ativos da cannabis. Mas você sabe realmente quais são as diferenças fundamentais entre eles e como podem atuar de maneira distinta no nosso organismo? Vamos aprofundar nossa compreensão e distinguir claramente esses dois gigantes do mundo canábico.

Em primeiro lugar, é crucial entender que ambos são parte de um grupo de compostos químicos conhecidos como canabinoides, presentes na planta da cannabis. No entanto, suas semelhanças acabam praticamente aqui, já que as suas ações no corpo humano são bastante distintas.

THC, ou tetra-hidrocanabinol, é o principal agente psicoativo da cannabis, sendo o responsável pelos efeitos eufóricos ou a “brisa” que é comumente associada ao uso recreativo da planta. Contudo, não podemos negligenciar seu potencial terapêutico, que inclui alívio da dor, estimulação do apetite e potenciais propriedades anti-inflamatórias. O THC tem a capacidade de se ligar diretamente aos receptores CB1 encontrados, principalmente, no sistema nervoso central, o que explica seus efeitos psicoativos notáveis.

Por outro lado, o CBD, ou canabidiol, não possui efeitos psicoativos significativos, sendo reconhecido por suas propriedades ansiolíticas e neuroprotetoras. Seu mecanismo de ação é um pouco mais complexo e ainda está sob intensa investigação. No entanto, sabe-se que o CBD pode interagir com diversos sistemas no corpo humano, ajudando a regular funções como sono, humor e resposta imunológica. Ao contrário do THC, o CBD tem uma afinidade menor pelos receptores CB1, o que faz com que não tenha efeitos psicoativos marcantes.

A nível molecular, THC e CBD possuem uma estrutura química muito semelhante, porém, uma pequena distinção na disposição de um único átomo faz uma grande diferença em como eles interagem com os receptores no nosso corpo. Essa singularidade estrutural determina a singularidade nas suas propriedades e efeitos.

Quando consideramos o uso terapêutico desses compostos, é fundamental entender que a escolha entre CBD e THC (ou uma combinação de ambos) deve ser baseada nas necessidades individuais de cada pessoa e nas especificidades da condição de saúde que se pretende tratar. Além disso, é sempre recomendável procurar a orientação de profissionais especializados, para uma abordagem segura e eficaz.

Pesquisadores têm constantemente trabalhado para descobrir e comprovar os benefícios individuais e combinados desses canabinoides. À medida que a ciência avança, novas perspectivas e aplicabilidades para esses compostos são reveladas, promovendo um entendimento mais profundo e uma utilização mais ampla e eficaz na promoção da saúde e bem-estar.

Pesquisas científicas e evidências sobre o uso do THC e CBD

1. Efeitos Analgésicos e Anti-inflamatórios

O campo da ciência médica está vivendo uma época de inovações e descobertas significativas em relação aos potenciais terapêuticos do THC e do CBD. Diversos estudos têm enfatizado continuamente as suas notáveis propriedades analgésicas e anti-inflamatórias.

No que tange ao THC, estudos recentes têm investigado sua eficácia em condições como a fibromialgia, onde tem mostrado potencial em aliviar dores crônicas, como evidenciado em uma pesquisa publicada na revista “PAIN” em 2019. Adicionalmente, existem estudos que apontam para a eficácia do THC no tratamento de espasmos musculares associados à esclerose múltipla, além do tratamento paliativo em pacientes com câncer.

No lado do CBD, estudos comprovam efeito anti-inflamatório em casos de osteoartrite, e pesquisas estão explorando sua eficácia em condições gastrointestinais inflamatórias como a doença de Crohn, com alguns estudos preliminares sugerindo resultados promissores no manejo dos sintomas.

2. Neuroproteção e Saúde Mental

A área da neuroproteção e saúde mental tem sido um palco fértil para a exploração do potencial terapêutico do CBD. A literatura científica recente tem demonstrado que o CBD pode ter um papel significativo não apenas no tratamento de doenças neurodegenerativas, mas também na prevenção de danos cerebrais em casos de lesões traumáticas.

No contexto da saúde mental, além de ser uma ferramenta potente no tratamento de transtornos de ansiedade e depressão, o CBD também está sendo estudado por seu potencial em ajudar no tratamento de transtornos do espectro autista, oferecendo uma melhora na qualidade de vida e nos sintomas comportamentais, como ilustrado em estudos publicados em periódicos como “Frontiers in Neuroscience”.

Complementarmente, há pesquisas emergentes sobre o uso combinado de THC e CBD em psiquiatria, com estudos explorando como essa combinação pode beneficiar condições como o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), demonstrando a complexidade e a vastidão do campo de pesquisa na cannabis medicinal.

É vital continuar incentivando e financiando pesquisas nesta área, para desvendar totalmente o escopo das aplicações terapêuticas dos canabinóides e para integrar de forma segura e eficaz estas substâncias no arsenal médico contemporâneo.

A questão da legalidade do uso de compostos da cannabis, especificamente THC e CBD, tem sido um tema muito presente em diversas discussões ao redor do mundo. A dinâmica legal está em constante evolução, com países adotando diferentes posturas e políticas que refletem uma variedade de perspectivas culturais, políticas e médicas sobre a planta. 

Brasil

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) promulgou, em dezembro de 2019, uma regulamentação que permite a comercialização de produtos medicinais à base de cannabis. Contudo, de maneira geral, a plantação da cannabis permanece ilegal. A comercialização de medicamentos contendo THC e CBD está permitida, mas somente mediante prescrição médica, devidamente justificada. Este é um passo significativo para a acessibilidade a tratamentos baseados em cannabis, que têm demonstrado promessa em diversas áreas da saúde.

Recentemente, estão acontecendo muitos avanços na pauta da regulamentação da cannabis no Brasil. O Supremo Tribunal Federal (STF) julga a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, e, em paralelo, decidiu também que plantar cannabis para fins medicinais não configura tráfico, podendo ser concedida a autorização para os pacientes cultivarem em casa, desde que comprovem a necessidade.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a legalidade do THC e do CBD é um mosaico complexo, com leis variando enormemente de estado para estado. Enquanto o CBD derivado do cânhamo (que contém menos de 0,3% de THC) foi federalmente legalizado com a aprovação da Lei Agrícola de 2018, o THC ainda permanece como uma substância controlada sob a lei federal. No entanto, muitos estados norte-americanos já legalizaram o uso medicinal e até mesmo recreativo da cannabis, criando um cenário legal bastante heterogêneo.

Canadá

O Canadá é um dos países que se posicionam de maneira mais progressista em relação à cannabis. Em 2018, o país legalizou o uso recreativo da cannabis para adultos através da Lei Cannabis, que também regulamenta o seu uso medicinal, um movimento que já estava em vigor desde 2001. Isso fez do Canadá o segundo país do mundo, depois do Uruguai, a legalizar completamente a cannabis para uso recreativo. 

Europa

Na Europa, a abordagem em relação à cannabis varia consideravelmente entre os países. Alguns, como Portugal, adotaram políticas mais liberais, despenalizando o uso de todas as drogas e focando em tratamentos e prevenção em vez de penalidades criminais. Outros países, como a Holanda, são conhecidos por sua postura tolerante quanto ao uso recreativo da cannabis, permitindo o consumo em espaços licenciados. Já na Alemanha, o uso medicinal da cannabis é permitido desde 2017, enquanto discussões sobre a legalização do uso recreativo avançam.

América Latina

A América Latina, uma região caracterizada por sua diversidade cultural e política, não fica atrás na complexidade de suas legislações sobre a cannabis. É uma região onde temos visto movimentos significativos em termos de regulamentação e aceitação da cannabis, tanto para uso medicinal quanto recreativo.

Uruguai

O Uruguai liderou a frente na América Latina, sendo o primeiro país do mundo a legalizar completamente a cannabis para uso recreativo e medicinal em 2013. A iniciativa foi parte de um esforço maior para combater o narcotráfico e a violência associada, além de promover a pesquisa científica na área. A lei permite a compra e o consumo de cannabis por cidadãos uruguaios maiores de idade, através de farmácias registradas ou cultivo próprio, com restrições de quantidade para garantir o uso responsável.

Argentina

Na Argentina, a legalização do uso medicinal da cannabis aconteceu em 2017, com a promulgação da Lei 27.350, que também promove a pesquisa científica sobre a planta. Em novembro de 2020, o governo expandiu o alcance da lei para permitir o auto cultivo de cannabis para fins medicinais, para pacientes e associações registrados, além de garantir a distribuição gratuita de óleo de cannabis em hospitais e clínicas para pacientes com prescrição médica.

México

O México também está em processo de reforma significativa em relação às leis de cannabis. Em 2021, o Senado mexicano aprovou uma lei para legalizar o uso recreativo da cannabis, uma medida que, se finalizada, faria do México um dos maiores mercados legais de cannabis do mundo. A iniciativa é vista como uma maneira de combater os cartéis de drogas e promover a paz social.

Colômbia

A Colômbia, por sua vez, tem uma história longa e complicada com drogas ilícitas. Em 2015, o país legalizou o uso medicinal da cannabis e, em 2021, o presidente Iván Duque sancionou um decreto que permite a expansão da indústria da cannabis medicinal, permitindo a exportação de flores secas de cannabis e expandindo o acesso ao mercado para os produtores locais.

Este panorama nos mostra que o mundo está em uma fase de transição em relação à percepção e regulamentação da cannabis. As políticas estão mudando rapidamente, impulsionadas por um corpo crescente de pesquisa que indica os potenciais benefícios médicos e terapêuticos da planta.

As mudanças nas políticas de cannabis refletem uma tendência crescente para reconhecer e capitalizar os benefícios medicinais e econômicos da planta, enquanto também aborda as preocupações de saúde pública e segurança. 

Uma planta como alternativa para sua saúde e bem estar

No atual momento de descobertas sem precedentes e inovações revolucionárias na área da medicina canabinóide, estamos presenciando uma verdadeira metamorfose na percepção e na aplicação tanto do THC quanto do CBD. Estes compostos estão saindo das sombras de mitos e equívocos e se consolidando como substâncias de imenso potencial terapêutico, catalisando uma nova era de tratamentos médicos mais inclusivos e integrativos.

Na junção desta revolução, o THC não apenas se destaca como um composto de grande relevância, mas também como um campo fértil para pesquisas inovadoras, abrindo portas para compreendermos melhor suas multifacetadas aplicações terapêuticas e suas interações sinérgicas com outros canabinoides, como o CBD e os demais componentes da cannabis.

Quando você decide explorar o THC como uma possível via de tratamento, é crucial adotar uma abordagem que seja consciente e criteriosamente fundamentada na ciência e nas orientações de médicos capacitados. Esta estratégia não apenas proporciona uma jornada de tratamento segura, mas também maximiza as probabilidades de alcançar resultados positivos.

Nós, da CannaCare, estamos totalmente comprometidos em te acolher e guiar nesta jornada. Nosso time de profissionais especialistas têm profundo conhecimento e experiência na área, e estão à sua total disposição, prontos para guiá-lo com informações precisas, tratamentos personalizados e apoio terapêutico continuado.

Entre em contato conosco, para que, juntos, possamos explorar as possibilidades que os tratamentos à base de cannabis podem oferecer. Na CannaCare, acreditamos que a informação, educação e o diálogo aberto são as chaves para desmistificar a cannabis e integrá-la de forma eficaz e responsável na busca por uma vida mais saudável e feliz.
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Texto escrito por Mariana Ferreira

Revisão médica:

Dr. Sérgio Rayol – CRM SP 165458

Diretor médico na CannaCare.

Médico pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital Santa Marcelina e em Hematologia e Hemoterapia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Curso de Medicina Paliativa no Instituto Pallium (Buenos Aires). Curso de Medicina Cannabinoide pela WeCann Academy

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