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Cannabis ajuda no tratamento da esquizofrenia?

Sumário

A esquizofrenia é uma condição mental complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e encontrar tratamentos eficazes é um desafio constante. Caracterizada por sintomas como alucinações, delírios, pensamento desorganizado e comportamentos atípicos, a esquizofrenia requer uma abordagem de tratamento abrangente e contínua.

Os tratamentos tradicionais incluem o uso de medicamentos antipsicóticos, terapia psicossocial e suporte psicológico, mas a resposta a essas intervenções pode variar significativamente entre os pacientes.

Nos últimos anos, a Cannabis tem sido explorada como uma possível opção terapêutica para diversas condições de saúde mental, incluindo a esquizofrenia. Composta por uma variedade de compostos químicos, como o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), a planta oferece uma gama de efeitos que têm atraído a atenção da comunidade científica.

Mas até que ponto essa planta pode realmente ajudar no tratamento dessa patologia? A resposta a essa pergunta não é simples e requer uma análise cuidadosa. Neste artigo você terá todas as informações necessárias sobre a cannabis no tratamento da esquizofrenia, para poder embasar suas escolhas com consciência e respaldo científico!

O que é a Esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno mental crônico e severo que afeta a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta. As pessoas com esquizofrenia podem parecer que perderam o contato com a realidade, o que pode ser bastante perturbador tanto para elas quanto para aqueles ao seu redor. Este transtorno é caracterizado por uma série de distorções em diferentes áreas do funcionamento mental, incluindo o pensamento, as percepções, as emoções, a linguagem, a autopercepção e o comportamento.

Sintomas Principais

Os sintomas da esquizofrenia são amplamente divididos em três categorias: positivos, negativos e cognitivos.

Sintomas Positivos:

  • Alucinações: Percepções sensoriais que ocorrem na ausência de um estímulo real. As mais comuns são auditivas (ouvir vozes), mas podem incluir alucinações visuais, olfativas, gustativas e táteis.
  • Delírios: Crenças falsas ou enganosas fortemente mantidas, apesar de evidências contrárias. Exemplos comuns incluem delírios de perseguição (a crença de que estão sendo seguidos ou vigiados) e delírios de grandeza (a crença de que possuem poderes extraordinários ou são uma figura importante).
  • Pensamento Desorganizado: Dificuldade em organizar pensamentos de maneira lógica, o que se manifesta em fala incoerente ou dificuldades na comunicação.

Sintomas Negativos:

  • Aplanamento Afetivo: Diminuição da capacidade de expressar emoções. As pessoas podem parecer emocionalmente planas ou inexpressivas.
  • Anedonia: Incapacidade de experimentar prazer em atividades que anteriormente eram consideradas agradáveis.
  • Retração Social: Tendência a evitar interações sociais e atividades, resultando em isolamento.
  • Dificuldades com a Motivação: Redução na capacidade de iniciar e sustentar atividades planejadas.

Sintomas Cognitivos:

  • Déficits de Memória: Problemas com a memória de trabalho, que afeta a capacidade de usar informações imediatamente após aprendê-las.
  • Dificuldade de Atenção: Problemas em manter a atenção e concentração.
  • Função Executiva Prejudicada: Dificuldades em planejar e organizar tarefas, tomar decisões e solucionar problemas.

Impacto na Vida Diária

A esquizofrenia é uma condição debilitante que pode interferir significativamente na capacidade de uma pessoa de levar uma vida funcional. Os indivíduos com esquizofrenia podem ter dificuldade em manter um emprego, em formar e manter relacionamentos, e em cuidar de si mesmos.

A gravidade dos sintomas pode variar ao longo do tempo, com períodos de exacerbação e remissão.

Tratamento

Embora a esquizofrenia não tenha cura, existem tratamentos eficazes que podem ajudar a gerenciar os sintomas. O tratamento geralmente é contínuo e inclui uma combinação de medicamentos antipsicóticos, terapia psicossocial, e suporte comunitário.

A intervenção precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida dos pacientes.

Potencial Terapêutico do Canabidiol (CBD)

O canabidiol (CBD), tem mostrado potencial terapêutico para o tratamento de condições psicóticas, incluindo a esquizofrenia. Pesquisas sugerem que o CBD possui propriedades antipsicóticas que podem ser benéficas para pacientes com esquizofrenia e pode contrabalançar os efeitos do THC.

Os mecanismos precisos pelos quais o CBD exerce seus efeitos antipsicóticos ainda estão sendo investigados. No entanto, estudos sugerem que o CBD pode influenciar vários sistemas neurotransmissores no cérebro.

Um dos mecanismos propostos é a modulação dos sistemas de serotonina e dopamina, que estão frequentemente desequilibrados em pacientes com esquizofrenia. Além disso, o CBD pode atuar no sistema endocanabinoide, ajudando a regular funções cerebrais que são disfuncionais nesta condição.

Um estudo de 2017, publicado no American Journal of Psychiatry demonstrou que o CBD como terapia complementar, pode melhorar significativamente os sintomas psicóticos em pacientes com esquizofrenia resistente ao tratamento, com menos efeitos colaterais em comparação aos antipsicóticos tradicionais.

Outra pesquisa, realizada pelo King’s College London, mostrou que o CBD pode ajudar a normalizar a função cerebral em áreas afetadas pela esquizofrenia.

Outro estudo fundamental, publicado no American Journal of Psychiatry, focou em pacientes com esquizofrenia resistente ao tratamento. Estes são indivíduos que não respondem adequadamente aos antipsicóticos tradicionais e, portanto, representam uma população especialmente desafiadora para tratar.

No estudo, os pacientes receberam doses controladas de CBD e foram monitorados ao longo do tempo. Os resultados mostraram uma melhora significativa nos sintomas psicóticos, como alucinações e delírios, em comparação com o grupo de controle que recebeu placebo. Este estudo reforçou a ideia de que o CBD pode oferecer uma alternativa viável para pacientes que não se beneficiam dos tratamentos convencionais.

Em contrapartida, estudos indicam que o consumo de Cannabis, especialmente durante a adolescência, pode aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia em indivíduos geneticamente predispostos.

A adolescência é um período crítico para o desenvolvimento do cérebro, e a exposição ao tetrahidrocanabinol (THC), pode interferir no desenvolvimento normal do sistema nervoso central. Esse impacto pode precipitar o aparecimento de sintomas psicóticos em indivíduos vulneráveis.

Um estudo publicado no Lancet Psychiatry encontrou uma associação entre o uso frequente e de alta potência de Cannabis e um maior risco de desenvolvimento de esquizofrenia. Outros estudos sugerem que o uso de Cannabis pode antecipar a idade de início dos sintomas em pessoas predispostas, exacerbando os sintomas e dificultando o tratamento.

Embora o potencial terapêutico do CBD seja promissor, é essencial que seu uso no tratamento da esquizofrenia seja cuidadosamente monitorado por médicos e individualizado.

A dosagem, a pureza do CBD e a ausência de THC são fatores críticos para garantir a segurança e a eficácia do tratamento. Além disso, é importante que os pacientes continuem a receber tratamento multidisciplinar, incluindo terapia psicossocial e suporte comunitário.

Enquanto o uso recreativo de Cannabis pode aumentar o risco de esquizofrenia em indivíduos predispostos, componentes específicos como o CBD apresentam um potencial significativo para o tratamento dessa condição.

Comparação com Antipsicóticos Convencionais

Os antipsicóticos tradicionais, embora eficazes para muitos pacientes, são frequentemente associados a uma gama de efeitos colaterais, incluindo ganho de peso, diabetes, disfunção sexual e distúrbios motores.

O perfil de efeitos colaterais do CBD, conforme indicado pelos estudos, é muito mais favorável. Os pacientes tratados com CBD relataram menos sintomas adversos, o que pode levar a uma melhor adesão ao tratamento e, consequentemente, a melhores resultados a longo prazo.

Explorando Novas Fronteiras Terapêuticas

O potencial do canabidiol (CBD) como tratamento adjuvante para a esquizofrenia oferece uma opção de tratamento para muitos pacientes que lutam contra essa condição debilitante.

Na CannaCare, estamos comprometidos em explorar e integrar as melhores opções terapêuticas para nossos pacientes. Entendemos a importância de um suporte contínuo e especializado, por isso criamos o serviço de cuidado continuado, para atender às necessidades específicas de cada paciente.Nosso objetivo é proporcionar tratamentos fundamentados em ciência e nas mais recentes pesquisas, que melhorem significativamente a qualidade de vida de nossos pacientes.

Entre em contato com nossa equipe de acolhimento, nossa equipe de profissionais está pronta para oferecer orientação detalhada e responder a todas as suas perguntas!

Através de nossa abordagem integrativa e centrada no paciente, contamos com uma rede de médicos selecionados, especializados nos tratamentos com canabinóides.

Se você ou alguém que você conhece está considerando o uso de CBD como parte do tratamento para esquizofrenia, estamos aqui para guiar você em cada passo da sua jornada de bem-estar com tratamentos à base de Cannabis.

Nosso compromisso é garantir que você receba um cuidado abrangente e de alta qualidade, priorizando sempre sua saúde e qualidade de vida. Entre em contato conosco para agendar uma consulta!

Texto escrito por Mariana Ferreira

Revisão médica:

Dr. Sérgio Rayol – CRM SP 165458

Diretor médico na CannaCare.

Médico pela Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). Especialista em Clínica Médica pelo Hospital Santa Marcelina e em Hematologia e Hemoterapia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Curso de Medicina Paliativa no Instituto Pallium (Buenos Aires). Curso de Medicina Cannabinoide pela WeCann Academy

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